quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A “política de segurança” de Sérgio Cabral deixa recrutas da PM sem a menor estrutura

A política de “pacificação” das favelas, que inclui acordos entre o corrupto governador Sérgio Cabral e os traficantes, está forçando a formação a jato dos policiais militares destinados às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), sem a menor estrutura e que vêm recebendo críticas de diversos setores dentro e fora das forças de segurança do Estado. Eles são conhecidos como “policiais miojo” dentro da tropa, por conta da formação de baixa qualidade, bem ao estilo do atual péssimo governo do Rio de Janeiro.
Entre as principais reclamações, segundo o coronel da PM Paulo Ricardo Paúl, estão a falta de materiais e estrutura para a realização do curso e o fato de alguns agentes irem para as ruas sem ter recebido a oportunidade sequer de treinar tiro adequadamente. O governo do Estado liberou aproximadamente R$ 23 milhões para a contratação de professores, mas para as autoridades essa total não é suficiente.
O ideal seria que este dinheiro fosse investido na formação de uma outra forma, segundo o coronel, “uma vez que existem inúmeros policiais da ativa com qualificação para ministrar as aulas dos cursos de formação e reciclagem, que poderiam receber algum incentivo, a título gratificação, para eles se dedicarem exclusivamente à função”.
De acordo com o coronel Paulo Ricardo Paúl, a situação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) é crítica. “Por conta da necessidade de inaugurar UPPs a toda hora, existe uma demanda muito maior do que o Cefap pode atender. Os alunos estão fazendo o curso todo, de seis meses, sem uniforme. Compram camisa branca, uma calça jeans e um tênis e assistem aula assim. Várias turmas ainda não se formaram porque não receberam a farda correspondente. Além disso, às vezes falta munição para pistola calibre 38, outras vezes para outras armas”.
O coronel salienta que até para se alimentar os recrutas enfrentariam dificuldades. “O Cefap tem mais de 3.500 recrutas. É tanta gente que, até para almoçar ou jantar, eles ficam mais de uma hora na fila, pois o rancho não comporta todo mundo”.
Infelizmente, com esta preparação deficiente, sem apoio psicológico, muitos destes recrutas, por culpa do governador Sérgio Cabral, poderão enveredar pelo crime, mormente pelos locais onde terão que desempenhar suas funções e as facilidades que lhes serão oferecidas.
Paulo Peres    Tribuna da Imprensa

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