terça-feira, 29 de maio de 2012

Educação estadual: em 37% das escolas da capital mais da metade dos alunos repete o ano

O Jornal O Globo publica uma matéria na edição de hoje (dia 28/5), mostrando um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), denunciando que em 104 das 283 escolas da rede estadual de ensino médio localizadas na capital mais a metade dos alunos é reprovada. Segundo a reportagem, a maior parte destas unidades funciona no turno da noite, onde as condições de trabalho e de estrutura não oferecem o mínimo para que se possa oferecer uma educação pública e de qualidade.
A reportagem demonstra um fato que o Sepe e a categoria se cansaram de denunciar para a sociedade: o completo fracasso da política educacional do governo do estado que não oferece as mínimas condições para o trabalho e trata a educação pública como mercadoria, onde as escolas são tratadas como fábricas e os alunos como mercadoria.

 Mas a matéria peca por querer culpabilizar as escolas que funcionam no turno da noite como se elas fossem as culpadas pelo fracasso escolar, quando nós todos sabemos que a falta de investimentos na valorização profissional e na criação de condições de trabalho são fatores fundamentais para a ocorrência deste tipo de problema. O Jornal também cita o exemplo de Nova Iorque, onde a prefeitura promoveu o fechamento de escolas noturnas para tentar resolver o problema do baixo desempenho escolar dos alunos, sem conseguir uma melhora signficativa de resultados.

Por sinal, o secretário Risolia está reproduzindo este modelo desde o final do ano passado, promovendo o fechamento de escolas de horário noturno, para "economizar" com a compactação de turmas e o realocamento de profissionais, mas sem oferecer uma perspectiva de melhoria das condições da educação estadual. Para o Sepe, fechar escolas é crime e não pode ser considerado como solução para o problema do descaso do governo estadual para com a educação pública.

 
Para o sindicato, se a escola não consegue cumprir o seu papel tal fato decorre da falta de investimentos no setor por parte do governador Cabral e do secretário Risolia, que não se mostram dispostos a solucionar o problema com a valorização dos profissionais e com o oferecimento de condições mínimas para o funcionamento das escolas da rede estadual.

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