sábado, 2 de março de 2013

Greve dos Rodoviários do Rio

Garagem da Redentor, em Jacarepaguá, com ônibus parados devido à greve na sexta (1)
Funcionários de ônibus não aceitam proposta e aprovam greve no Rio


O sindicato dos rodoviários do Rio de Janeiro decidiu entrar em greve a partir da meia-noite desta sexta-feira (1º).

Segundo o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, a paralisação continuará até o meio-dia de sexta-feira, apenas no município do Rio de Janeiro, quando o sindicato realizará uma nova reunião.

De acordo com Sebastião José da Silva, vice-presidente do Sintraturb-Rio e presidente da Nova Central de Trabalhadores, a paralisação será de, no máximo, 24 horas.

Aumento salarial
Os rodoviários pleiteiam um aumento salarial de 15%, o fim da dupla função, na qual o funcionário atua como motorista e cobrador, além de benefícios como: vale-alimentação, cesta básica e plano de saúde.

O sindicato informou que pelo menos 20% dos ônibus vão circular nas ruas e que manobristas das empresas também podem atuar como motoristas nesta sexta-feira.

“Está difícil de garantir que pelo menos 20% dos ônibus vão estar nas ruas. Motoristas e cobradores estão revoltados. Não aceitamos o reajuste de 8% proposto pelo sindicato patronal”, diz Sebastião.

Manifestação
Por volta das 21h30, um grupo de rodoviários fez uma manifestação na Avenida Brasil, na pista lateral, sentido Zona Oeste, na altura de Guadalupe. O ato ocupou metade da pista e o Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE) foi acionado. O trânsito ficou com retenção. Quatro carros da PM foram ao local, para conter o tumulto.

Reforço no metrô
Com o anúncio da greve dos rodoviários, o metrô informou que vai realizar uma operação especial para absorver o aumento do número de passageiros em suas estações. O MetrôRio, concessionária responsável pelo serviço, estima um aumento de 15% no transporte de passageiros. Nas plataformas, a companhia vai disponibilizar mais de 400 agentes de segurança para fazer, caso seja necessário, o controle de fluxo dos usuários nas Linhas 1 e 2.


Poucos ônibus circulam no 2º dia de greve dos rodoviários no Rio


Poucos ônibus circulavam na Zona Sul e no Centro do Rio na manhã deste sábado (2), segundo dia de greve dos rodoviários do município, mas devido ao mau tempo poucos passageiros estão à espera de condução nos pontos.

A desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), decidiu em liminar, na tarde sexta-feira (1º), que as companhias de ônibus têm que manter 80% da frota em circulação. Se a ordem não for cumprida será cobrada multa diária de R$ 200 mil ao sindicato dos trabalhadores rodoviários, que será acusado ainda de crime de desobediência.


A desembargadora reconhece o direito de greve da categoria,  mas argumenta que os ônibus devem atender a população para evitar o caos na volta para casa.

Mais trens
A SuperVia colocou 44 mil lugares extras nos trens do ramal Deodoro e os trens do ramal Santa Cruz neste sábado (2) para atender a população em função da greve de rodoviários no município do Rio de Janeiro.

A concessionária informou que reforçou a operação e as equipes de atendimento nas estações para garantir a segurança dos passageiros.
Já o Metrô-Rio informou que avalia a demanda para determinar se o horário de funcionamento das composições permanecerá estendido devido à greve. O metrô  circulou até a 1h deste sábado devido à falta de ônibus. Segundo informou, empresa está trabalhando no plano de contingência operacional para garantir a chegada ao trabalho de funcionários que têm funções estratégicas como condutores, bilheteiros e agentes de segurança. A concessionária informou ainda que todos os funcionários da área operacional estão trabalhando ou de prontidão.

A empresa ressalta que enquanto durar a greve os ônibus do metrô de superfície não funcionarão.

Segundo o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, a paralisação continuará por tempo indeterminado. Às 18h da segunda-feira (4) será realizada uma nova assembleia.  Os rodoviários reivindicam 15% de aumento, contra os 8% oferecidos pelas empresas.



G1 - Funcionários decidem por greve

G1 - Poucos ônibus circulam

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