terça-feira, 16 de abril de 2013

Educação Estadual em greve de 72h!!!


O professores da rede estadual de ensino começaram nesta terça-feira uma "greve de advertência", que deve durar 72 horas. 

Apesar de uma liminar expedida na noite de segunda-feira (15) determinando multa de R$500 mil para cada dia de greve, o Sindicato Estadual de Professores de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) decidiu continuar o movimento. 
Justiça do Rio de Janeiro é a vergonha do judiciário do Brasil!!!
De acordo com a coordenadora-geral do SEPE, Marta Moraes, seria impossível deter nesta altura a decisão pela greve, que foi tomada no final de março.

- A direção do sindicato não tem como retornar uma decisão tomada em assembleia. Para isso, seria necessária uma outra assembleia. Quanto à liminar, nosso departamento jurídico se reunirá ainda hoje (16) para decidir se entramos com recurso - explicou Marta Moraes.

A Seeduc informou que apenas 0,3% dos 75 mil professores aderiram à greve nesta terça-feira. Já nas contas do SEPE, é esperada uma adesão de até metade do corpo docente. O sindicato vai levantar os dados à noite.

Uma das reivindicações da classe uma remuneração de cinco salários mínimos para professores, e 3,5 salários mínimos para demais funcionários da Seeduc. No entanto, segundo Marta Moraes, a maior demanda do grupo é a melhoria das condições de trabalho.

- Lidamos com salas superlotadas, de 50, 60 alunos. As escolas estão uma sujeira. Nossos estudantes chegam a varrer o chão para amenizar a situação - contou a coordenadora do SEPE.

Em nota, a Seeduc “entende que "o sindicato não tem motivos para incitar a paralisação, e que os estudantes necessitam ter aulas e os pais precisam que os filhos vão para a escola. A categoria tem recebido reajustes salariais e, este ano, já obteve auxílio alimentação e o anúncio de aumento do salário já foi feito".

O subsecretário de Gestão de Pessoas da Seeduc, Luiz Carlos Becker Júnior, anunciou ainda um reajuste "acima dos 5,84% referentes à inflação de 2012". Entretanto, segundo o SEPE, o aumento não seria suficiente para cobrir a perda de "mais de 20% do poder aquisitivo no governo Sérgio Cabral".
A greve também coincide com a aplicação da prova do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), que avalia a qualidade do ensino em escolas do estado. É com os dados do Saerj que a Seeduc elabora políticas educacionais. Na nota, o órgão “lamenta o fato de o sindicato marcar greve exatamente nos mesmos dias de aplicação das avaliações diagnósticas bimestrais Saerjinho”.

Já o SEPE se defende argumentando que uma empresa terceirizada foi contratada pelo governo do estado somente para aplicar a avaliação, e portanto, não haveria transtornos por conta da greve. Além disso, o sindicato informou que os métodos utilizados no Saerj são deturpados e não levariam em conta as especificidades de cada escola.

- Um aluno com carência de professor de Português é avaliado no Saerj da mesma forma que um aluno que teve aulas de Português o ano todo. Desse jeito os dados ficam deturpados - diz Marta Moraes.

O Globo

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