segunda-feira, 22 de abril de 2013

Furnas amplia produção de energia, mas demite 1400 empregados!

Furnas cresce 43% e acrescenta 5,2 mil MW ao sistema elétrico

A atual administração de Furnas, presidida pelo engenheiro Flávio Decat, investiu 2,6 bilhões de reais no ano passado, o maior investimento da empresa ao longo dos últimos doze anos, e, com isso, consolidou um crescimento de 43%. 

Esta parcela adicional na sua produção proporcionará um acréscimo de 5,2 mim MW ao sistema elétrico nacional até 2016, portanto nos próximos dois anos, abrangendo a Copa do Mundo e as Olimpíadas.


Os dados encontram-se no relatório de Furnas relativo ao exercício de 2012 publicado pelo O Globo de sexta-feira 19. Permitem um aumento de capital de 531 milhões de reais (de 6 bilhões e 31 milhões para 6 bilhões e 531 milhões) da empresa a ser homologado pela assembleia geral de acionistas convocada por Flávio Decat para o próximo dia 29. Na reunião será aprovado o novo Estatuto Social voltado para a reestruturação de Furnas e sua modernização para cumprir orientações traçadas pela Eletrobrás e pelo Departamento de Coordenação das Empresas Estatais, órgão do Ministério do Planejamento. Com a ampliação do parque gerador, Furnas passará de 12 mil MW atuais (12 milhões de KW) para 17 mil MW de capacidade instalada. 

Os projetos em execução como as usinas de Santo Antonio, Teles Pires, Simplício e Batalha, representam a criação de 131 mim novos empregos e mais energia para 18,6 milhões de brasileiros.

Isso sem contar a atividade econômica fornecida pela rede de 19 mil e 600 quilômetros de linhas de transmissão e aplicações de capital na instalação de 17 parques eólicos somando 512 MW de potência instalada. Furnas empenha-se na produção de energia limpa.

O relatório da Empresa destina um capítulo à redução do quadro de pessoal projetada para 35%, e que, através do plano de desligamento voluntário, já conta com a adesão de 1 mil e 400 empregados do quadro próprio de Furnas, o que já representa 28% da previsão global. Furnas é considerada a espinha dorsal do Sistema Interligado Nacional. Realizou, em 2012, de 33 obras de modernização e de reforço em 22 subestações. Elo fundamental para o plano geral de empreendimentos no setor de transmissão.

No ano passado, o consumo geral de energia no país cresceu 3,5% em relação ao registrado em 2011, atingindo assim 448,3 TWh. Para 2013, a previsão aponta para uma expansão da ordem de 4,1%, índice que deve se manter nesta escala ao longo dos próximos dez anos. Nos primeiros cinco anos da década que se inicia, espera a Empresa de Pesquisa Energética que sejam colocados em leilão 13,7 mil MW no campo dos empreendimentos hidrelétricos. De outro lado, 23 bilhões de reais deverão ser investidos em fontes alternativas como nas usinas eólicas.

O relatório de 2012 assinala ainda as usinas de Furnas que, na atual administração, tiveram prorrogados seus contratos de concessão e também pelo prazo de trinta anos os ativos de transmissão associadas aos respectivos contratos. Revela também as receitas previstas dessas usinas: as de Furnas, Minas Gerais, a primeira; Corumbá 1; Luiz Carlos Barreto de Carvalho; Funil, Marimbondo, Porto Colômbia. O valor da indenização aos ativos de Furnas foi de 3,6 bilhões de reais, abrangendo transmissão (maior parte) e geração. A administração Flávio Decat alcançou pleno êxito, acrescenta o relatório, constatado pelos resultados concretos que apresenta.

Tribuna

Comentário: Boa notícia, não teremos apagões de energia na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, podemos ficar tranquilos com relação ao crescimento da indústria e comércio também. Mas, espera aí, redução do quadro de funcionários em 35%?!?  Furnas vai aumentar a produção e demitir mais de 1/3 da força de trabalho? Tem alguma coisa muito errada nessa estratégia!!! O que vai ser desses trabalhadores? E quando a empresa precisar de mão de obra especializada e experiente, vai buscar no exterior? Aumenta a produção, melhora o "desempenho" da empresa, mas e a responsabilidade social, onde fica?

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