domingo, 5 de maio de 2013

Mão Grande no Dinheiro público é uma característica do governo Cabral(PMDB)

- Pezão, a Dilma quer saber o que você fez com aquela verba de R$600 milhões que era para construir casas e pontes na região serrana?  

 - Tô gastando por conta da eleição de 2014, vai ser difícil ganhar com esse monte de cagada que você fez no estado!
Cabral usa dinheiro do Estado do Rio em festa para Pezão

Em evento patrocinado pelo governo do estado, com direito a shows de funk e pagode, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciará nesta terça-feira em Nova Iguaçu o repasse de R$ 1 bilhão em obras de infraestrutura no município. 

Pezão é pré-candidato à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB) em 2014. A cidade foi administrada, entre 2004 e 2010, pelo senador Lindbergh Farias (PT), outro pré-candidato e seu possível adversário nas eleições do ano que vem.


A festa em torno de Pezão será realizada na Praça Rui Barbosa, no Centro. Contará com a presença no palanque do próprio Cabral e de deputados e vereadores da base aliada do PMDB no estado. A verba servirá para a construção de hospital, dois viadutos, passarelas e apartamentos populares. Os recursos também serão usados para reformar escolas, pavimentar ruas e fazer saneamento básico, drenagem e recuperação e ampliação de estradas, como a Via Light e a Avenida Abílio Augusto Távora.

Segundo a prefeitura, a previsão é que as obras comecem este ano. O governo do estado, porém, não deu prazo para que todos os projetos do pacote a ser anunciado por Pezão fiquem prontos.

O encontro faz parte de mais uma ofensiva de Cabral e do PMDB para tentar neutralizar o potencial de votos de Lindbergh na Baixada Fluminense e reforçar a imagem de Pezão na região. O prefeito da cidade, Nelson Bornier (PMDB), era ex-desafeto de Cabral. Os dois se reaproximaram em 2012, de olho em 2014. Uma das estratégias é vasculhar possíveis irregularidades cometidas por Lindbergh quando ele era prefeito. Bornier perdeu as eleições municipais para o petista em 2008.

Obras do PAC ainda no papel
A Secretaria estadual de Obras não informou quanto Cabral gastará com a festa. Bornier, por sua vez, calcula que as despesas pagas com verba pública fiquem entre R$ 30 mil e R$ 40 mil. O prefeito, porém, nega cunho eleitoral para beneficiar Pezão.

— Foi um compromisso que Cabral assumiu na campanha dele. Não tem nada a ver com política — afirmou Bornier.

Até hoje, há obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal e anunciadas na gestão de Lindbergh, que não saíram do papel. A licitação para a construção de cinco estações de tratamento de esgoto, no valor de R$ 20 milhões, por exemplo, terá de ser refeita em agosto. De acordo com a prefeitura, em 2006, Lindbergh fez o processo para escolher a empresa responsável pelo projeto, mas as obras não foram adiante.

Em 2009, o ex-presidente Lula foi a Nova Iguaçu para lançar obras do PAC. Com Lula no palanque, estavam Cabral e o então prefeito Lindbergh.

A turma do Cabral não fez nada até hoje na Baixada e agora está correndo atrás. Só olharam para a Zona Sul — alfinetou um dirigente petista.

Pezão não retornou as ligações. Já Lindbergh não quis comentar o evento de hoje. O petista foi orientado por Lula a não atacar Pezão. Sobre o PAC, a assessoria do senador informou que, quando ele deixou a prefeitura, não havia projetos parados.

O Globo

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