domingo, 2 de junho de 2013

Crise nuclear foi fabricada pelo Ocidente

Há anos que algumas potências mundiais procuram intencionalmente polemizar o programa nuclear iraniana, repetindo acusações, impedindo que as negociações diplomáticas avançam de uma maneira lógica e satisfatória.

Atitude tomada e a reação dessas potências em relação à Declaração de Teerã, que foi resultados das negociações diplomáticas entre a República Islâmica do Irã, Brasil e  Turquia, com a intenção  de solucionar o problema nuclear iraniano, é um pequeno exemplo.

Nesses últimos dez anos, a República Islâmica do Irã, não hesitou em efetuar todo o esforço para esclarecer dúvidas. A agência Internacional de Energia Nuclear tem relatado frequentemente que não tinha encontrado nenhuma evidência que demonstrassem o desvio da atividade ou materiais nucleares para os fins militares.

Constantes acusações infundadas deixaram o processo aberto. É necessário acabar com esse impasse. Mas qual é o objetivo de tanta polêmica? As explicações seguintes podem ajudar a esclarecer melhor esse assunto:
1.      As superpotências nunca se conformam com que as suas lideranças e dominações ao mundo fossem despercebidas. Continuam com a mesma ideia que qualquer medida, mesmo na área de avanços científicos e tecnológicos deve ter o seu selo de reconhecimento. Qualquer desafio nesse sentido em que afete essa hegemonia vai ser um pesadelo terrível. A dilema do programa nuclear iraniano, mesmo que esteja conforme a PTN, é o selo de reconhecimento das superpotências.

2.      Há 65 anos que o assunto Palestino, é o assunto central e o problema essencial no Oriente Médio. Algumas potências tentam, dando ênfase ao assunto nuclear iraniano,  criar uma crise artificial, deixando o assunto palestino na margem e colocando o programa nuclear iraniano como um assunto subjacente no Oriente Médio.

3.      Mostrar o Irã como uma grande ameaça, promover iranofobia, demonizando o Irã na região, favoreceu um mercado bom e muito lucrativo para empresas de produtores de armamentos ocidentais. Olhando os acordos bilionários, firmados entre os ricos países petroleiros do Oriente Médio e os países ocidentais na última década demostram o que está passando. Por isso, estas potências não são muito interessadas em resolver o caso nuclear iraniano através de negociações técnicas e preferem continuar com a controvérsia, através de acusações infundadas, e vivenciando o assunto na manchete da mídia internacional.

A existência de duplo critério complica ainda mais a situação. Como o ocidente pode excepcionar, simplesmente alguns países-até no Oriente Médio- de monitoramento e questionamento sobre suas atividades nucleares (mesmo sobre a sua tecnologia nuclear militar), evidencia a falta de sinceridade dos defensores da transparência.

Este "duplo estandarte" também foi praticada sobre o Irã em certos momentos. Antes da vitória da revolução islâmica o governo iraniano como principal aliado dos EUA na região, recebe sugestão por parte dos países ocidentais para iniciar um programa nuclear. Eles incentivaram o Irã e facilitaram o processo dessa proposta.

A usina da pesquisa nuclear de Teerã é mostra desse tempo. Inclusive a instalação da Usina Buchehr, também foi projetada no mesmo tempo com assinatura do acordo com países ocidentais. Mas com a vitória da revolução e saída do Irã do campo de aliados do Ocidente, a situação se inverteu e se virou para a atual situação.

Ressaltamos que a arma nuclear não tem nenhum lugar na Doutrina e nos princípios da defesa iraniana. O líder supremo da revolução, Aiatolla Khamenei, decretou publicamente a proibição do desenvolvimento, a acumulação e o uso de armas nucleares.

O Irã jamais aceitará mais do que seus compromissos, conforme o tratado de não proliferação nuclear e as salvaguardas e não recuará nem mesmo um mínimo passo em relação ao seu direito inalienável de  uso pacífico da energia, inclusive o enriquecimento do urânio para os fins pacíficos.

Não serão construtivas as políticas de sanções-dialogo,continuar com ameaça de um ataque militar às instalações nucleares, e os atentados terroristas de Estado contra cientistas nucleares.

Despolitização e despolarização da Agência Internacional da Energia nuclear, repassando o assunto do Conselho da Segurança da ONU para a Agencia, e o diálogo serão os únicos meios civilizatórios que podem tirar as ambíguas, se tivessem existidas!!

A R.I.Ira é o país mais confiável, estratégico e estável na região, e tem um grande potencial para solucionar os problemas regionais e mundiais.

É claro que a pratica da política de, simultaneamente, sanção e dialogo é condenado ao fracasso.

Portanto, convidamos os poucos países que obtiveram politicas de animosidade contra o Irã, durante décadas, corrigir a sua abordagem com o intuito de cooperar e abandonar a politica do confronto. A janela da oportunidade continua aberta.

Ali Mohaghegh  Pravda

Nenhum comentário: